Styletelling é pra quem não se contenta em reproduzir conceitos.⠀
É pra quem não se contenta em montar looks bonitos.
É pra quem quer desenvolver senso crítico.
É pra quem quer ter e dar autonomia.
É pra quem quer ter embasamento.
É pra quem gosta de questionar e pra quem não acredita em fórmulas mágicas.
Vestir é comunicar.
A maneira que nos vestimos, nosso estilo é como uma linguagem não-verbal, formada por diferentes elementos – como cores, silhuetas, texturas e estampas – que, juntos, criam uma narrativa visual singular e, portanto, não classificável em categorias pré-definidas.
Sendo assim, como pensar estilo e orientar nossas clientes de uma maneira que dê conta de toda essa complexidade e diversidade, sem cair em fórmulas prontas? E mais ainda, como entregar esse conhecimento de maneira eficaz?
O que é STYLETELLING?
É uma metodologia desenvolvida por mim, Carol Garcia, e fundamentada na Semiótica Visual.
Essa metodologia entende estilo como uma narrativa visual, uma forma de comunicação não-verbal e tem como objetivo fornecer embasamento teórico (com aplicação prática) para traduzir conceitos abstratos em algo concreto, a roupa.
Sem categorias e fórmulas prontas, entendendo cada pessoa como dona de um estilo único.
Por que lemos uma jaqueta de couro como carregando um certo ar de rebeldia? Por que o blazer inspira seriedade? Isso vale para todos os cenários? Ou podemos entender sentidos diferentes dependendo do contexto? Afinal, de que maneira construímos essa narrativas visuais?
Mais do que reproduzir conceitos (por vezes até defasados), a metodologia STYLETELLING se interessa buscar os porquês, entender de onde surgiram e como.
São essas, entre tantas outras perguntas, que a metodologia STYLETELLING irá responder.
Começando do começo:
Minha maior motivação pra estruturar um outro jeito de pensar estilo foi/é concretizar o discurso na prática.
Como eu podia bater tanto na tecla de quebrar padrões, repensar narrativas, subverter os códigos se, na prática, na hora de traduzir todas as vontades e valores da cliente pra roupa, a ferramenta que eu tinha era construída a partir de categorias que só reforçam esses padrões? ⠀
Na minha visão, não tinha como deixar todos esses valores só no discurso sem conseguir concretizar naquilo que é justamente minha ferramenta de trabalho: a roupa. ⠀
É legal, é importante, é necessário que a gente discuta tudo isso: padrões de beleza, gênero e tudo mais. ⠀
Mas… ⠀
Enquanto consultora de estilo, eu preciso ajudar minha cliente nesse discurso não-verbal da roupa.
Consultoria de estilo é sobre muitas coisas, mas minha entrega final se concretiza na roupa. É sobre isso, afinal. ⠀
Meu discurso como consultora de estilo não pode ser mais efetivo que minha entrega enquanto tal. ⠀
Não adianta textão bonito no Instagram, se minha entrega profissional não estiver alinhada com isso e pra isso a gente precisa de ferramentas e de método que não estejam pautados em categorias engessadas.
Foi a partir dessa inquietação que fui elaborando um outro jeito de pensar estilo, embasando naquilo que eu conheço e estudo que é a semiótica visual. Foi a partir desse desconforto e desses questionamentos que nasceu o STYLETELLING!
E preciso mesmo de embasamento teórico?
Vou te falar o que eu acho: todo mundo se veste de manhã. Alguns tem mais facilidade nessa tarefa. Outros, menos. O fato de você se vestir todos os dias, mesmo que você tenha muita facilidade nisso, mesmo que você seja muito criativa, mesmo que todas as suas amigas te peçam pitacos sobre esse assunto, não te faz uma profissional da moda. Parece óbvio? Não é. ⠀
Por ser uma atividade tão corriqueira, a moda sempre foi e é uma zona cinzenta – nem arte, nem apenas produto. Cansei de ler livros teóricos em que o autor gastou a introdução tendo que explicar sua escolha sobre escrever um livro de moda. ⠀
E, talvez por isso, possa parecer que qualquer um, sem muito estudo ou treino, está apto para ser consultor(a) de estilo. Acontece que roupa, essa nossa segunda pele, essa nossa organização pessoal e social da aparência tem mais camadas do que os looks da Balenciaga. ⠀
Vamos nem entrar na questão do quanto isso desvaloriza o trabalho ou o quanto isso (talvez) seja sintomático desse momento das trevas que estamos vivendo em que opiniões valem mais que um estudo embasado, né!? ⠀
O que eu quero perguntar é: que tipo de entrega seremos capazes de oferecer a nossas clientes baseadas só na nossa experiência pessoal? Como conseguimos ter um olhar crítico às problemáticas da moda sem conhecê-la a fundo? Como separar opiniões e gostos pessoais quando essa é base do que sabemos? Como questionar padrões e desconstruir conceitos quando nem sabemos de onde vieram? ⠀
É para propor caminhos para esses e outros questionamentos que eu criei o STYLETELLING, seguindo na contramão das fórmulas prontas e soluções mágicas, para que a gente aprenda a pensar, analisar e questionar!
Um pouquinho da minha trajetória:
Fiz meu primeiro curso na área de moda (e nunca mais parei!) em 2002, ou seja, lá se vão quase 20 anos de estudo! Comecei a trabalhar como estilista em 2007 e foram quase 10 anos de experiência na área antes de me tornar consultora de estilo – e sigo prestando consultoria para empresas, na parte de planejamento de coleção e desenvolvimento de produto. ⠀
No meio disso tudo, teve graduação, curso de extensão, pós-graduação e mestrado! Tudo, tudo isso que aprendi ao longo de todos esses anos – tanto estudando, quanto trabalhando – faz parte do meu olhar e do meu trabalho como consultora de estilo. ⠀
É graças a isso tudo que consigo ter olhar crítico, que consegui criar meu próprio método de trabalho, o STYLETELLING, que faz com que eu entenda muito não só de estilo, mas também de roupa e de mercado. E mesmo assim, eu sempre acho que tem mais o que aprender – e sempre tem!
Não é por acaso que curso de formação de um final de semana não me convence. Um bom profissional não se constrói do dia pra noite, minha gente, não tem milagre, não!
Acho também que não tem graça aprender e não trocar. Aprender e guardar pra mim mesma seria por puro ego, eu acho. E tô falando em trocar e não ensinar porque, por mais clichê que seja, é isso mesmo.
Quando eu entrei no mestrado, meu objetivo era seguir carreira acadêmica. Mas terminei o mestrado no final de 2016, no Brasil e achei que não era o momento de seguir pro doutorado. Porém, de alguma maneira, fui encontrando espaços pra dar vazão a esse desejo e me dedicar aos estudos. ⠀
E hoje, encontrei uma forma de conciliar tudo isso numa carreira só. Atender clientes, ao final, passa um pouco por esse processo de ensino-troca também. Pelo menos no meu jeito de fazer a coisa. E além disso, vieram as aulas, os cursos e o STYLETELLING que é das coisas mais realizadoras que já concebi profissionalmente!
2 Comentários. Deixe novo
Fiz o Styletelling antes de atender minha primeira cliente. Já havia feito meu curso de formação, e vinha ” namorando” o trabalho da Carol fazia um tempo.
Tenho que dizer que ter feito o Styletelling no início da carreira foi crucial para que eu não desistisse, pois eu não estava satisfeita com o “método” que eu havia aprendido. Não me convencia.,..como eu convenceria a cliente? Eu acredito numa moda plural, e num trabalho individualizado… com o Styletelling eu posso sim dizer com convicção que minha entrega será de fato personalizada.
Além disso, posso falar que fazer a proposta visual não é difícil, é leve, prático, tem inicio e fim, além de ficar muito bem claro para a cliente!
A semiótica me conquistou através da Carol, e sigo estudando ela, pois abriu muito minha mente.
Recomendo demais fazer o Styletelling, se você quer proporcionar um trabalho individualizado, ter embasamento teórico que sustente sua proposta visual, e também não sofrer ao montá-la, com certeza o styletelling é para você.
Faby, muito obrigada pelo carinho. Você é uma das alunas que mais me enche de orgulho, que trabalho bonito e consistente você tá fazendo! <3