Peças must-have: a grande bobagem que te contaram
Vira e mexe eu apareço no Instagram (já me segue por lá? @bureaudeestilo) dando dicas de livros que eu li e gostei. Mas hoje eu vim falar de um livro que eu li e achei balela do começo ao fim: A Estratégia de Estilo, da Nina Garcia. (Tenho a maior dificuldade de abandonar livros pela metade, só não abandonei porque era curtinho!)
Veja bem, Nina não é novata na profissão e esse livro é recente (de 2014), mas mesmo assim, ele é cheio, CHEIO de fórmulas prontas, peças que você precisa ter no armário e afins. E vou dizer, não é o único livro nesses moldes por aí. Isso sem falar de revistas e blogs, né!?
Por que listas de must-have são uma grande bobagem?
Porque nós somos seremos complexos e não lista finita que dê conta dessa complexidade. Toda vez, vou repetir, TODAS AS VEZES que eu vejo essas listas de peças must-have, seja da estação ou da vida, eu me deparo com, pelo menos, uma peça que eu não tenho e estou muito bem assim, obrigada! (Exemplo real: scarpin preto. Não tenho porque quase nunca uso salto, quando uso é salto grosso e scarpin é um clássico, mas é clássico demais pro meu estilo.)
E aqui vai meu apelo e o grande propósito desse post:
Gente, não acreditem nas listas de must-have da vida.
Aliás, nem de roupa, nem de nada. Esqueçam os 100 lugares que você precisa conhecer antes de morrer. Os 100 pratos que precisa comer. As 100 coisas que precisa saber. Vamos celebrar nossas diversidades e vamos decidir por nós mesmas o que a gente precisa ou não.
Mas voltando às peças must-have, é o seguinte:
Eu acredito, sim, que todo mundo tem as suas peças-chave.
Aquelas peças que, tão certo quanto dois e dois são quatro, vão te fazer sentir linda, gostosa, poderosa e, mais importante: você mesma. E acredito que, mesmo que você não tenha se dado conta, elas já fazem parte do seu armário. Faz o seguinte: olha pra você mesma, todos os dias, e tenta identificar quais os tipos de peças que você usa bastante, de maneiras diferentes e com as quais você se sente bem de verdade. Essa última parte é bem importante porque acontece da gente repetir uma fórmula só por costume e não por amor.
Como trabalhar com as SUAS peças-chave:
Outro exemplo baseado na (minha) vida real, minhas peças-chave são: saia lápis, ankle boot, camiseta e batom vermelho. (Notem que não precisa ser exatamente uma peça, pode ser um item de maquiagem também.) Esses são elementos que eu uso sempre, de maneiras variadas e para os quais eu recorro sempre que eu preciso me sentir emocionalmente confortável. Eles não estão, necessariamente, em nenhuma lista de “precisa ter”, mas funcionam pra mim.
Eu sei, eu sei que já disse isso em, pelo menos, meia dúzia de posts por aqui, mas é que eu realmente não acredito em fórmula mágica. Eu acredito em autoconhecimento e respeito às particularidades de cada um. Então, vai, faz o exercício, olha pro que você anda vestindo e se pergunta: quais são as minhas peças-chave?
E depois vem me contar aqui, que eu quero saber! <3
