autocuidado

Vamos conversar sobre autocuidado? #comovocê

Se você me segue lá no Instagram já deve ter ouvido falar do projeto #comovocê. Mas caso não saiba do que eu tô falando, eu te explico! Eu e a maravilhosa Juliana Leite – minha amiga e psicóloga, que trabalha com foco em comportamento alimentar e comer transtornado – resolvemos juntar nossas habilidade pra criar o #comovocê, um projeto lindo que vai tratar de como sentimos, vivenciamos e experienciamos ser mulher na nossa sociedade, em especial, nossas expectativas com o corpo, roupa, autoestima, autoimagem e como todas as coisas se interconectam. Vai ter conteúdo no IG, workshop, grupo de imersão e muita coisa boa!

 E pra começar, no mês de outubro, nós falamos um pouco sobre autocuidado lá no IG! Quando nós definimos esse tema, pensamos que autocuidado perpassa todos os temas que queríamos trabalhar e que é, de certa forma, um dos fundamentos pra que a gente tenha uma relação mais leve, saudável e generosa com nós mesmas. Mal sabíamos que esse mês seria tão pesado e que falar sobre autocuidado faria mais sentido do que nunca!

Esse post foi escrito a 4 mãos e nós vamos compartilhar um pouco da nossa experiência pessoal pra que, quem sabe, possamos inspirar vocês!

Carol

Pra mim, autocuidado pode rolar de várias formas, mas tem sempre a ver com olhar pra mim mesma com atenção, respeitar meu tempo e meus sentimentos. Nós, mulheres, somos ensinadas desde pequenas a cuidar dos outros e junto com isso vem a crença de que cuidar de nós mesmas é egoísmo. E não é! Até pra cuidar dos outros, a gente precisa, antes de mais nada, estar bem – lembram daquela história da máscara de oxigênio que a gente ouve no avião?! Então!
Pensando em práticas, as minhas preferidas são essas aqui:

Meditar:

Eu medito há mais ou menos uns 6 anos e a meditação mudou por completo minha relação comigo e com o mundo. Meditar me ajuda a encarar as situações (boas ou ruins) com mais serenidade. Nem me desesperar (demais) quando tudo parece desabar, mas também não me deixar levar quando tudo parece estar indo de vento em popa. Além disso, meditar me ajuda a prestar atenção em mim mesma, o que tem a ver com o segundo item.

Respeitar meu tempo:

Esse é um trabalho constante e vira e mexe eu escorrego, mas tento me manter atenta ao que meu corpo e minha cabeça pedem (descansar, por exemplo!). Tem a ver também com não ficar me comparando com os outros, cada um tem sua história, seus processos e é preciso que a gente respeite e honre os nossos. Consigo sempre? Claro que não, mas sigo exercitando.

Ler:

Eu amo ler, é minha zona de conforto, meu refúgio. Me sinto muito feliz e realizada de me enfiar debaixo do edredom com um livro na mão e uma tacinha de vinho na outra e faço questão de arrumar tempo pra isso. Sempre!

Me arrumar com tempo e com música:

Eu costumo brincar que tem gente que se arruma pra sair, já eu, saio de casa pra poder me arrumar! Adoro colocar uma música alta e animada (Madonna nos anos 80 e David Bowie são meus preferidos pra esses momentos) e me arrumar sem pressa, curtindo o momento e me curtindo. É hora de passar hidratante, caprichar na maquiagem, usar a criatividade pra pensar em combinações novas. Claro que não faço isso todo dia, mas sempre que faço é bom humor certo!

Juliana

Pra mim, o autocuidado é cuidar de si. Sem pensar em egocentrismo, gente! Parada real e importante é se perguntar qual o tempo do seu tempo que você dedica a si mesma no seu dia a dia.

Questionar o que nos é vendido como autocuidado é uma das premissas para uma relação mais gentil com a gente. Desconfie de quem “vende” autocuidado como necessariamente estar de dieta, praticar exercício físico e/ou lutar contra as famosas e temidas celulites com uma penca de procedimento estético.

O autocuidado perpassa pela voz que damos aos nossos desejos mais genuínos, ao nosso corpo, ao nosso sentir. É incrível como a gente consegue se olhar diferente, se perceber, quando restabelecemos a conexão com a gente mesma.  E pensando em autocuidado e em como ele precisa estar no nosso dia a dia (por mais difíceis que eles sejam), deixa eu contar pra vocês o que eu faço: 

Jiu-Jitsu:

Eu sempre amei esportes. Já fiz natação, handball (jogava bem pra caramba), mas houve uma certa etapa da minha vida que ele só entrava como a atividade física para a perda de peso. Ou seja, essa atividade estava ligada ao não prazer, ao desejo de modificar meu corpo e muito pra sustentar uma relação nada saudável que eu tinha com ele. Até o dia que eu resolvi dar voz e vazão ao meu sonho que era fazer artes marciais! Iniciei no Muay Thai e logo depois me entreguei ao Jiu Jitsu. E estar no tatame, sentindo meu corpo atuar de tantas formas diferentes, de não ter medo do peso e de aprender a usá-lo ao meu favor, me fez crescer como pessoa. E, ao fazer algo que desde sempre esteve atrelado ao mundo masculino, fez-me sentir mais mulher ainda. Afinal, pertencemos ao mundo e o céu é o limite.

Comer com atenção plena:

Escolher o que genuinamente se deseja comer, sem aquele pensamento cíclico da dieta foi LIBERTADOR. Pelo menos 2 vezes por semana, eu penso num prato, escolho os ingredientes, coloco uma música que eu gosto no Spotify e vou cozinhando. Cozinhar é uma arte de partilha: partilhamos histórias, sabores, texturas, afetos e cultura. Poder, desde a escolha do ingrediente até o sentar à mesa, ir sentindo o alimento, o aroma, as texturas e o paladar é algo que, pra mim, tem muita conexão! Exercitar o mindfull eating é sensacional!  

Ler:

Eita coisa goxxxxtosa (desculpe, eu sou carioca)! Eu ando sempre com um livro na bolsa e naquele tempinho entre uma sessão ou outra ou na pausa do café da tarde, eu abro e leio nem que seja um capítulo, um trecho, umas páginas. Procuro separar esses momentos como um cuidado mental, assim como a terapia. Alimentar a mente, as ideias e a alma.

Pipoca com Netflix:

Tá aí uma coisa que sempre entra nos finais de semana. Um sábado ou domingo a tarde, uma boa série (eu sou meio apaixonada por Grey’s Anatomys e toda a “Shondaland”) com uma pipoquinha e um caderninho do lado é uma ótima pedida. A gente acha que não, mas muitas ideias, referências vêm de séries e filmes que assistimos. Experimentem e me contem depois!

Cuidar da pele:

Esse é um ponto que me leva à memórias com a minha avó; que além de me ensinar a cozinhar, me ensinou muito sobre ervas, óleos, extratos e tudo mais. Sempre opto por coisas da natureza quando cuido da pele: café, mel, ervas, frutas e sementes são algo muito próximos e que eu amo manipular. Então, vez ou outra, eu pesquiso no caderno que escrevi com ela sobre o que posso utilizar pra cuidar da pele do rosto, por exemplo. Ter um momento só meu com a minha imagem refletida no espelho, hoje, é muito poderoso. Poder olhar nos meus olhos antes de cuidar da minha pele, me fez perceber muitas coisas… Mas isso é papo pra outra newsletter!
 É gente… essa lista é tão grande quanto a quantidade de livros que eu comprei e ainda não li esse ano, confesso! Aos poucos a gente vai contando mais sobre a importância do autocuidado, do se olhar com mais carinho e menos julgamento.

 

Queremos muito te ouvir também! Conta aqui, como é essa história de autocuidado na sua vida?

 

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