Peaky Blinders e as constâncias no traje masculino
Eu sei que o hype já passou, mas só agora eu comecei a ver Peaky Blinders (poderia botar a culpa na maternidade, mas tem um quê de preguiça do hype nesse meu atraso também… haha).
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Enfim, para quem já atrasado assim como eu, deixa eu contextualizar: a série começa em 1919, se passa em Birmingham, na Inglaterra e acompanha a família-gangue que dá nome pra série. Um dos grandes altos da série, na minha opinião e certamente na de muita gente, é o figurino (que, li por aí, é bem fiel ao usado pela gangue real que serviu de inspiração pra série).
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Cheguei a ver várias revistas masculinas gringas fazendo matérias do tipo “Como se vestir como um Peaky Blinder” e é nesse ponto que eu queria chegar: logo nas primeiras cenas é gritante ver como o mundo mudou nesses 100 anos.
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A roupa masculina, nem tanto. Basta pensar nas revistas que acabei de citar ou naquele influenciador gringo que você segue. Já as roupas femininas, essas mudaram um bocado, ao longo da série mesmo é possível ver essas mudanças.
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Eu diria que é simplório demais dizer que a roupa feminina mudou porque somos vítimas da moda. Minha análise é que a roupa feminina mudou porque a roupa é a concretização das mudanças sociais que vivemos nesses últimos anos. Parece que não foi tanto assim, eu sei, tem um tanto ainda pra se conquistar. Mas mudou demais.
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Já, esse homem branco hetero mudou menos, muito menos. Esse lugar de hegemonia segue sendo deles. Não à toa, percebemos uma mudança maior nos grupos que não se encaixam nesse padrão: os negros e os gays, por exemplo. Se roupa é a presentificação do nosso tempo, o que fica e o que sai de moda tem muito a nos dizer!