Como encontrar seu estilo

Na terça, eu fiz um post falando sobre ter várias roupas que não funcionam para a vida que se leva (tá aqui, ó) e aí que pra reverter essa situação e, de fato, ter um guarda-roupa funcional, coerente e conciso, os principais pontos a se levar em consideração são:

  • Quem você é?
  • Que imagem gostaria de passar para os outros (ou como eu prefiro: que história você quer contar)?
  • Qual é o seu estilo de vida?
  • Quais são suas principais atividades e necessidades na hora de se vestir?

Tem gente que consegue traduzir essas questões em estilo de maneira quase instintiva, mas pra outras pessoas isso é um pouco mais difícil. O trabalho da consultoria é justamente ajudar nessa tradução, mas se você faz parte do segundo grupo e quer tentar sozinha, aqui vão algumas dicas.

Número 1: autoconhecimento é fundamental (aliás, autoconhecimento é resposta pra quase todas as questões da vida, né?! Mas vou me ater à minha especialidade). Não basta coletar imagem linda de Pinterest. A gente tem que primeiro se conhecer. E antes de pensar em roupa, é bom pensar nas nossas preferências de um modo geral. Você prefere praia, campo ou cidade? Gosta de que tipo de música, filme, série? Prefere ficar sozinha ou estar rodeada de gente? Como é a decoração da sua casa (minimalista, colorida, rústica, industrial)? Enfim, a lista aqui é enorme.

Além de pensar em quem a gente é, também tem que pensar na vida que a gente vive. Pensa assim: você anda mais de carro ou a pé? Seu trabalho exige que você se vista de uma maneira específica? Quantos dias na semana você trabalha fora de casa? E em casa? Quantas vezes na semana vai pra balada? E no cinema? E jantar? Na sua cidade faz mais calor, mais frio ou tudo-ao-mesmo-tempo-agora?

Número 2: entender qual é a história que você quer contar através das suas roupas. Já fiz um post aqui falando mais sobre isso. Mas, basicamente, a gente precisa entender, para então dominar, o tipo de mensagem que a gente quer passar. Quer parecer forte? Profissional? Descontraída? Intelectual? Mais uma vez, não existe limite aqui.

Número 3: depois de ter entendido quem você é, quais são suas preferências na vida, que tipo de vida você leva e que história você quer contar, aí sim, é hora de olhar pra roupa. Mas antes de olhar pra referências externas, é preciso olhar pra nós mesmas. Eu sugiro o exercício de se fotografar todo dia e pensar: como eu me senti com essa roupa? Me senti bonita? Estava fisicamente confortável? Essa roupa me ajudou nas atividades que eu tinha que fazer ou, ao contrário, eu fiquei o tempo todo pensando no que tava vestindo? E a partir daí, ir percebendo os padrões que aparecem. Você pode notar que toda vez que veste determinada blusa se sente linda, por exemplo. E aí tentar descobrir o motivo. É a cor? O tecido? A modelagem?

Número 4: depois de ter olhado bastante pra dentro, tá permitido olhar pra fora. Tem mil jeitos de trabalhar com referências, mas a mais fácil pra quem não tem tanta prática em ler imagens é buscar fotos de looks ou peças que você, de fato, usaria na sua vida. E aí, de novo, tentar entender o que você gosta naquelas imagens. É a composição? São as cores? É a vibe geral do look?

Construir o próprio estilo é mais ou menos como aprender uma língua nova. Até porque estilo é linguagem mesmo. A gente não aprende da noite pro dia, a gente vai construindo aos poucos. Na base da tentativa e erro. Assim como aprender uma língua, a gente precisa praticar. Não dá pra ficar só na teoria. É ir pra frente do espelho e testar, testar, testar. Por fim, é lembrar que o caminho precisa ser leve e cheio de humor. Medo de errar só paralisa a gente e não tem certo e errado mesmo!

<3

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