5 momentos em que as mulheres usaram a moda como forma de transgressão

Em 1904, as sufragistas inglesas iniciaram uma campanha política contra o espartilho e logo depois as francesas se uniram a causa, e em 1906 o sutiã é adotado em nome da liberdade de movimento das mulheres (sim, esse mesmo que seria queimado anos mais tarde por representar uma forma de opressão).

Na década de 1920, Chanel adaptou às mulheres as formas e os detalhes, mas sobretudo os significados, de um certo tipo de vestimenta masculino. Nos anos 1930 Elsa Schiaparelli desenhou roupas surreais e espirituosas que eram as mais sérias das piadas, um discurso de perversidade e brincadeira em que o telefone se torna uma bolsa e um cérebro, um chapéu.⠀


Na década de 1970, as mulheres punk se rebelaram contra a noção de um self natural, personalizando seus próprios corpos como uma forma de batalha semiótica do vestuário. Mesmo na década de 1980, a década do power dress, mudanças importantes ocorreram.

É preciso criticar a noção simplista de que as mulheres são escravas da moda e também a ideia de que uma mulher se veste apenas para agradar um homem.

As mulheres se vestem para agradarem a si mesmas, inventam estilos que reforçam sua personalidade e liberdade e não faltam exemplos de como as mulheres rebelaram-se contra elementos do vestuário que não mais serviam aos seus propósitos e, mais do que isso, usaram a moda para desafiar a lógica dominante.

A Diana Crane traz uma reflexão maravilhosa sobre isso no livro A moda e seu papel social, olhando para as mulheres operárias (que junto com as não-brancas e trans) são geralmente deixadas de fora do assunto. E, claro, nós vamos ler esse texto no grupo de estudos!

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